Cine-mundial (1918-01-01T23:23:59Z)

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comm A Escola Cinematographica Italiana. CINE-MUNDIAL Cronica de Lisboa —Cinematographia Portuguesa.— “A Invicita Films Lda.” —“Malmequer,” a Primeira Pellicula Editada pela Lusitania-Film.—Estreias Cinematographicas do Mez.—Temporada E é certo que para o valor duma peli cula muito contribue a inteligencia do artista, nào é memos verdade que a exhuberancia da natureza, desempenha um papel importante na confeccáo dum film, tornando-o atractivo aos olhos dos espectadores. Seguindo, de perto, a escola italiana, a que mais se tem enraízado no espirito do nosso publico, vemos, com profusáo, aparecer-nos no écran a grandiosidade dos monumentos historicos dessa Italia imensa, verdadeiro prodigio de arte de tantos seculos, em cujos marmores e alvas cantarias, reside a inconfundivel beleza duma patria adoravel. Sem especialisar marcas, vemos na maioria das casas produtoras italianas, um requintado bom gosto na preparacáo dos seus films, tanto em interiores como exteriores, dando-lhe uma nota acentuadamente artistica e exhuberante. Buscam nos vastos prados e jardins, o encantamento da Natureza, cheia de relevo da luz forte do sol que a ilumina; na vastidao das suas salas, ornadas a capricho, ora num genero elegante de modernismo e sem pretencóes, ora no pesado estylo dos antepassados, em que brilham recordações duma era que já náo volta mais e onde reside um poder de grandeza impressionante. Mas a Natureza, tem uma beleza apenas e essa data já de longos seculos. Е nela que se pode buscar a riqueza de ornatos para um film e onde podem ser executadas com mais acerto, as realidades da vida. CINEMATOGRAFIA PORTUGUESA. N^9 faltam por todo este Portugal fóra, um imenso campo de encantadora paizagem, ricos motivos para a bela confecção de films. Todas essas belezas, um tanto desprezadas por capitaes nacionaes, teem, náo obstante, tido a honra de se verem projectadas nos écran estrangeiros por iniciativa das casas Gaumont, Pathé e Eclair. Náo ha muito, a Serra da Estrela, teve a visita de um operador francez, que entre os gelos e debaixo dum claro sol, impressio _ пои o melhor dum film que levou das belezas de Portugal. Muito, um dia se poderá fazer, se virmos realisado o sonho de alguns patriotas que aspiram a levar a cabo companhias productoras em Portugal. O capital, neste paiz, é um pouco renitente a secundar a arte, e desse grande mal, nos viremos a arrepender no dia em que comprehendermos o papel que a cinematografia nacional podia desempenhar, mostrando as belezas desta nossa terra e atrahindo o forasteiro até nós, quando termináda esta tremenda guerra, venha novamente o gosto pelas viagens atravez a Europa. Mas fazem-se já algumas tentativas. . . . A INVICTA FILMS LDA. Invicta Films Lda., do Porto, se gundo as noticias que á ultima nos chegam, em breve entrará no seu periodo de laboracáo, e ha dela tudo a esperar, em face dos elementos que compóem, tanto a sua Direcáo como demais pessoal. Devido ao adiantado da hora, no proximo numero me referirei detalhadamente aos trabalhos desta casa, cuja Ocruznz, 1918 (De muestro representante corresponsal.) organisacáo prosegue deixando antever um futuro prospero e um grande passo guesa. “MALMEQUER” DA LUSITANIA FILM. USITANIA-Film é mas uma compa nhia portuguesa que se formou, com séde em Lisboa, para a producáo de films. A segunda, se náo estou em erro. Completou já o seu primeiro film intitulado “Malmequer,” сија interpretação coube aos artistas de comedia, Alda Aguiar e Robles Monteiro. Não obstante como ainda não foi exhibida em publico, dificil se me torna dar uma informação sobre o valor desta pelicula. ESTREIAS CINEMATOGRAFICAS DO MEZ. NTRE os sucessos do mez, devemos mencionar, en primeiro logar, apenas pelo valor do film A “Caminho da Luz” da Tiber, cuja interpretação é digna dos maiores louvores, olhando um pouco á deficiencia do entrecho. Coube o papel principal à já celebre Hesperia d'Amore, secundada pelo galan Tulio Carminatti, cuja naturalidade e valor, teem glorificado este artista. No pequeno papel de Fureta, apareceu-nos Diomira Jacobini, que noutras produções desta mesma casa, tem obtido um merecido sucesso. No Cinema Condes exibiu-se o interessante film da Ambrosio “Semi-Virgens,” extrahido do romance de Marcel Prévost, sendo a interpretacáo de Diana Karrene bastante feliz e não menos a de Alberto Capozzi. “O Canto dos Cisne” maravilhosa creacáo da Pathé, segundo o romance de Rudyard Kipling, fez as honras da penultima semana no Cinema Condes, assim como “Film que acusa” da Nordisk.” Da Milano exibiu-se no Saláo Central a “Condessa Lina,” interpretada por Lina Millefleurs. As restantes estreias foram, no Saláo Central, “Ultima facanha” da Tiber, por Emilo Ghione e Kally Zambucini “O Barco da Morte" da Pascuali, “Ilusões desvanecidas” da Cabot, nova compa nhia productora espanhola, “O Numero 121” por Emilo Ghione, “A dominadora” da Aquila e “O Ciclone” (L. Ko). No Salão da Trindade réprises de "D. Juan” por Mario Bonnard da Cines e “Kerval, o espião” da Aquila. No Chiado Terrasse está-se exibindo “Um caso estranho," film em series da Essanay com Edna Mayo e Henry B. Walthall como protagonistas. TEMPORADA TEATRAL. OUCO mais ha a dizer em aditamento ás noticias já enviádas. Ha a acrescentar apenas a aparição no Republica da comedia de Yves Mirande e Georges Montignac “Generos Alimenticios” que faz sucesso, e “Córa ou a Escravatura” de Ernesto Biester no Nacional. No Porto está presentemente a companhia da celebre artista Maria Mattos, tendo ali aberto com “O Sr. Roubado” comedia de V. Chagas Rouquette. VARIEDADES. O Saláo Foz, continuam em pleno sucesso, Alfredo Sumpser, Imitador Portuguez, Georgina Gonçalves, cançonetista, Mary Jollette, Carmela Nacy e Clomber's . O Salão da Trindade abriu tambem com variedades, estreiando-se ali os duetistas Serrana-Moreno, a celebre bailarina italiana Dorita Ceprano e o concertista Mila. NOTAS SOLTAS. Р Assou a ser explorado pela Sociedade de Cinematografia “A Internacional Lda,” superiormente dirigida pelo sr. A. Imauz, o Chiado Terrasse, um excelerite saláo desta capital. Por mais esforcos que tenhamos empregado, náo conseguimos ainda obter da Lusitania-Film uma resposta ao nosso pedido de informacóes sobre suas futuras peliculas, desconhecendo o motivo de tal procedimento. De Barcelona deve chegar em breve o digno emprezario do Cinema Condes, aonde foi em viagem de negocios. Alberto Rocha. Crónica de Porto RESENTE o CINE-MUNDIAL de Junho. Deveras interessante como todos os outros numeros atrazados, o CINE-MUNDIAL de Junho, é de grande proveito para todos os cinematografistas, náo só pelos seus bons artigos, como tambem pelas ricas fotografias que o ilustram. E com grande pezar que, no meio cinematografico portuense, se regista a saída de Creighton Hale, da casa Pathé, para entrar na scena falada. Creightom Hale, o Walter Jameson dos "Misterios de New York, o David Manley da “Mascara dos dentes brancos," o companheiro de Pearl White, asim desertou da cinematografia, para dar ingresso no teatro! Eu e a maior parte dos cinematografistas portuenses, temos ainda uma esperanca de tornar a ver Creighton Hale, nos écrans dos nossos cinemas. ` Minter, Estou de accordo com tudo o que diz o Snr. Alberto Rocha, de Lisboa, sobretudo na parte em que se refere aos artistas e casas americanas; é verdade que grande numero de artistas americanos de nomeada, ainda não apareceram, salvo erro, nos nossos écrans. Assim temos: as tão faladas atrizes Mary Pickford, Margarita Clark, Olga Petrova, Ethel Clayton, Mary Miles Clara K. Young, Mae Marsh, Anita Stewart, Franklin Farnum, Sessue Hayakawa, William S. Hart, Jack W. Kerrigan, etc. etc. Outros, tais como James Cruze, Norma Talmadge, Florence Labadie, Jean Sothern, Marie Doro, Arnold Daly, Kitty Gordon, etc., raramente os vemos nos nossos écrans. Seria bom que, tanto os emprezarios dos cinematografos, como as casas productoras, colocassem no nosso mercado, films interpretados pelos ditos artistas. РАстмА 651