Cine-mundial (1920)

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CINEMUNDIAL Crónica de P\io de Janeiro Novo Anuo. — O aniversario da CINE<MUNDIAL. — A nova Agencia da CINE-MUNDIAL» no Rio de Janeiro. — Inaugura^ao do Cinema Central. — Ultimas exhibi^Óes. — A censura cinematographica. — Uugmentos de imposto*. — Novos cine nias. — Cinematographia nacional. — Varias noticias o movitnento theatral. — A "Sociedade Brasileira de Autores Theatrales". NOVO ANNO !. . . Que surprezas nos reservará o anno de 1920. ¿Firmarse-á definitivamente a paz universal cu continuaremos neste estado de incerteza pelo dia de amanhtl, «ssistindo a esse tremendo choque de interesses que resultam tantos infornios para esta desamparada humanidade e nos enche o espirito de tantas apprehensoes? O custo já táo exces«iTO da vida augmentará ou diminuirá com a normaliía^áo do trabalho e a volta do senso commum aos homens? E o que nSo sabemos. No entanto isto n&o pode continuar como vae. Tudo augmenta de custo t Só o cinema é que conserva, inalteravelmcnte, o mesmo pre^o de entrada. Alguns até existem que nos áho um programma de quasi tres horas pelo raesmo prc^o, proporcionando-nos assim uma verdadeira indigestfto. . . . cinematographica. Mas nem só do cinema vive o homem. . . E mister alimentar-se de mais alguma coica. E é justamente o que se está tornando cada Tez Tnais difficíl, pois o pre^o dos géneros alimenticios augmentan vertiginosamente e por esse andar nSo vira longe o tempo em que, para nao morrermos de fome, tercmos que devorarnos uns aos outros como authenticos anthropophagos civilizados. Com o pre^o dos tecidos para os nossos vestuarios dá-se o mesmo. Cualquer dia só p(>derao mandar fazer roupa os mollionarios ou accionistas de fabricas de "films". . . americanos. As mulheres, em geral mais praticas dos que os homens, já resolveram em parte o problema do vestuario, encurtando progressivamentc sáias e augmentando o decote e nessa diminuÍ9áo devem continuar at* que o trajo se torne o mois fresco e económico passivel. . . Nao ha duvida que a carestia da vida conduzir-nos-á ao estado primi (viene de la pázina anterior) mente pintados. . . para bom entendedor, meia palavra basta. Km diversos vaudevilles ouvimos os seíuintcs chistes: Pcrgunta: ¿Qual é a coisa que todos nos adoramos e da qual todos nos nos separamos? Resposta: A vida. Joaquim: ¿Porque bebes tanto vinho? Antonio: Eu como cebólas para tirar • mau hálito que deixa o vinho e agora tenho de beber mais vinho para "matar" o cheiro das cebólas. Pcrgunta: ¿Em que dia nasceu AdSo? Reaposta: Um dia antes de Eva. No dia do casamento, o noivo promette comprar um automovel a noiva; um mea depoís ainda estuda como deve ser o carro e finalmente, nove mezes depois, compra-Ihe un carrinho para crianza. O viajante: Nao sei como tens coragem de conversar tanto tempo com uma mulher tSo feia? O amigo: Ella é a minha esposa. Anna: Foi uma grande injusti^a mandarem o teu marido para a pris&ol Maria: Só assim é que eu posso saber onde elle passa as noites. Jacob a Isaac: Como recompensa por me teres salvo a vida, hei de elogiar-te no céo, se morrer antes de ti. Simdo: O nosso guarda-livros quer um augmento de ordenado, porque vai casar. SalomSo: Augmenta e depois d'elle casar, diminui-o outravez, porque homens casados nao podem perder o emprcgo. A dona da casa: ¿Que hortaliza é esta? A criada: Como me esqueci de comprar os cspinafres, preparei um prato de hortalizas com as folhas da palmcira, que a senhora tem na sala. Os convidados nfto notam a differen^a. A dona da casa: ¡Que horror; essa palroeira é artificial! Enero, 1 920 < O agricultor: Allí estavam dois moinhos c agora só vejo um. O empregado: Um foi demolido para deixar mas vento para o outro. Pergunta: Para um vestido ser elegante, deve ser curto ou comprido? Resposta: Deve ser as duas coisas, porque de todos os modos a distancia é sempre um pouco ácima de "dois pés". O agricultor a um amigo: A minha vacca é tao gorda, que com o peso partiu o gelo do lago e quasi morre de frió, mas eu consegui salval-a e n'esse dia quando fui mugil-a enchi o cangírfto de. . . sorvete de leite. Pergunta: ¿Qual é a maior fclicídadc d'este mundo? Resposta: E herdar dinheiro sufficiente para comprar uma casa e depois incendíal-a com a minha sogra trancada lá dentro. Pergunta: O que acontece a um advogado antes de morrer? Resposta: Ainda está vivo. Francisco: Em uma jaula contendo um leáo e um tigre, cahiu um homem que preferiu ser comido pelo lefto e tu o que preferías? Ernesto: Eu prefería que o leio comesse o tigre para me dar tempo a sabir da jaula. Pergunta: Porque é que Adflo "mordeu" a ma^an? Resposta: Porque nSo tinha faca para decscascal-a. O noivo: Antes do casamento, quero saber se és supersticiosa? A noiva: Nao sou e acho que a supersticfto é uma tolice. O noivo: Entao nao recelo dizer-te que vais ser a minha esposa numero 13. Amelia a Joaquina: Quando me casar nao me importo com o passado, ñera com o futuro do meu marido, mas importóme com o "presente". tivo de selvageria ou aos deliciosos tempos do paraizo. Depois, porem, que os homens inventaram as armas e o capital só mesmo á selvageria poderemos retroceder, pois nao * mais possivel um entendimento commum para a vida calma c feliz de um Paraíso. . . segundo nos pinta a Biblia. Emñm, aguardemos, pacientemente, o desenrollar dos acontecimentos e que nao nos abandone o optimismo para que continuemos a raciocinar como o illustre Dr. Pangloss, que este mundo vae pelo melhor dos mundos possivcis e imaginaveis. . . * * * A CINE-MUNDIAL completa e seu quarto anno de existencia. Representa isso um triumpho brilhante. A CINEMUNDIAL pode hoje collocar-se ao lado das melhores revistas no genero e cada vez mais se impoe á estima e á admiraí^o do publico. Muito tem concorrido para isso a operosidade e intelligencia de seus directores, que nio poupam esforzó» para melhoral-a nao só sob o ponto de vista artístico, como litterario e ainda tornando-a o orgáo mais completo, em lingua hespanhola e portugueza, de informa^oes sobre a grande industria cinematographica. O aspecto da CINE-MUNDIAL está completamente modificado do que era, apresentando a cada novo numero um melhoramento, uma innovaíáo, sendo CTidentes os seus progressos. « * >^ A CINE-MUNDIAL tem agora a bu» agencia de representa^áo, no Rio de Janeiro, installada em escriptorio proprio — á Rúa do Senado, No, I andar, sala 6. O servido de correspondencia do Rio de Janeiro terá, d'agora em diante, toda a regularidade possivel, trazendo os leitores desta sec^So informados de tudo que mai» importante se passar no mundo cinematographico e theatral desta forraosa capital, cujo nomem, alguem se lembrou c quaria tentar mudar para. . . Guanabara. * ♦ ♦ ENTRAMOS na esta^So calmosa do verao. Muita gente, nestes últimos dlas^ em que o calor tem augmentado, tem abandonado o Rio em demanda das estábiles d'aguas e cidades serranas, á procura de climas amenos. Mesmo assim hií muito gente nSo sáe do Rio e proporciona um grande contingente de publico para os cinemas e os theatros. Odeon, a elegante casa de diversóei» propriédade da Companhia Brasil Cinematographica, tem o seu publico certo^ numeroso e escolhido. Os últimos "films" exhibidos com éxito neste cinema, foram: "Amor e ciude", da Warld, por Montegu Love, June Elvidge e Carlyle Brokwell; "Coracóes do Mundo", da D. W. Griífith, por Lilian Gish; "Coraba de ouro", da World, por Louise Hoff; "Mulher enigma", da Goldwyn, por Mae Marsh, e "O atelier de Mme. Mary", da Select, por Alice Brady. Palh — Este grande e concorrido cinema da avenida, empresa Marc Ferres & Filhos, exhibiu, nestes últimos 30 dias, o» seguintes "films" da Fox: "O vingador perseguido" e "A Tolta do vingador", por William Farnum, que brilhante éxito al > PÁGINA 136