Cine-mundial (1920)

Record Details:

Something wrong or inaccurate about this page? Let us Know!

Thanks for helping us continually improve the quality of the Lantern search engine for all of our users! We have millions of scanned pages, so user reports are incredibly helpful for us to identify places where we can improve and update the metadata.

Please describe the issue below, and click "Submit" to send your comments to our team! If you'd prefer, you can also send us an email to mhdl@commarts.wisc.edu with your comments.




We use Optical Character Recognition (OCR) during our scanning and processing workflow to make the content of each page searchable. You can view the automatically generated text below as well as copy and paste individual pieces of text to quote in your own work.

Text recognition is never 100% accurate. Many parts of the scanned page may not be reflected in the OCR text output, including: images, page layout, certain fonts or handwriting.

C I N E M U N D I A L Chronica de Portugal A Industria cinematográfica em Portugal— "PortugaIÍa-FÍlm Lda."— Noves films portugueses.— "Caldevüla-Films"— Ultimas estreías— Teatros Num artigo referente a cinemalografia. — "O Primo Bazüio", de E«;a de Queiroz. — Central. — Chiado Terrasse. "Tarzan". — Condes. — Os grandes sucessos. NEM urna só vez temos deixado de acentuar nestas columnas do CINE-MUNDIAL, a fácil reaiisacáo de films portugueses e da rápida divulga^ao dos mesmos nos mercados estrangeiros, nao só baixo o seu ponto de vista artístico de interpreta^áo que pode ser elevado, como tambem baixo o ponto de vista panorámico que pode ser e deve sempre ser soberbo. Desde um principio que temos tentado faser comprehender a facilidade que existe de se conseguirem belos films neste paíz, bastan-' do, para isso, urna certa persistencia e boa vontade da parte daqueles que tenham, egualmente, em vista a propaganda de Portugal, no estrangeiro, tao necessaria, e boje mais do que nunca. Já vimos sossobrarem algumas tentativas, mas isso nao quer dizer que todas venham a morrer, á nascen^a. Multo pelo contrario. Desde que se pense muito a serio, em tudo a que é necessario atender, para a boa organisacáo duma casa productora, nao pode haver insucessos. Da organisa^áo tudo depende e mais do que uma vez temos afirmado que, se por acaso, entre nos, nao ha um organisador, sabedor do métier; a única solu^áo é chamar algem do estrangeiro, que de tal se encarregue e, a pouco e pouco, vá industriando, os que o hao de substituir. Ha múltiplos servidos a organisar e todos de capital importancia. A organisa^ao no "studio" quando nao é perfeita, só dificulta e torna diminuta a produ^ao, o que equivale a dizer que um film dali sabido, vera muito sobrecarregado com despezas, cora desvantagera para a casa productora, e para a venda 4p seu producto, cujo pre^o se torna prohibitivo. Com as condi^oes do nosso clima, uma boa verba de luz artificial, poder ser economisada. Na maneira de fazer os ensaios, urnas boas horas de trabalho, podem ser egualmente evitadas, como quera diz economisadas. Produzir muito em pouco tempo, eis a que se deve atender, bem entendido, sem pre.juiso do film. Com a aquisi^áo dum hábil operador, evita-se metragem superflua, artigo este que se tem de importar do estrangeiro e com os cambios presentes, de pre^o muito para ponderar. Nomeando um director-artístico, adjunto ao director-técnico para escolher locaes destinados á filmagen de exteriores, evíta-se a ausencia do primeiro, no "studio", aonde a sua presenta é reclamada. Enfim, como ácima diremos, duma bóo organiza^ao, depende o futuro duma companhia. * * * 0*'SECULO", eáiqáo da noite, de 19 de Margo, insería, num artigo referente a cinematografia,o seguinte: "E porque nao se desenvolve em Portugal a arte do cinema? Todos teríamos a lucrar o teatro, porque se veria lívre de artistas que Ihe nao fazem honra, o publico deleitando-se na contemplagáo das nossa paisagems, dos nossos monumentos, de tanta beleza que por ahi ha completamente desconhecida. . . E o paiz, pelo conhecímento que os estrangeiros teriam da nossa terraz, atravez as fitas portuguesas, o que desenvolverla em grande escala o turismo. Máos á obra senhores capitalistas!" Só com a primeira razao apresentada por este diario, nao estamos de acordó. O cinema, nao pode receber artistas que ao teatro nao fazem honra. Na cinematografía, a verdadeira arte é o gesto e esse nao se consegue de artistas que, como diz "O Seculo", nao fazem honra ao teatro. Para bem da industria cinematográfica portuguesa, o que Julio, 1920 < {De nuestro representante-corresponsal) é necessario e cssencíal, é que nos elencos das diversas casas productoras, entrem os nossos melhores artistas, para assim se garantir o ucesso desses films. Nao .eremos que uma casa que arrisca o seu capital, vá, por mera economía, chamar a si artistas mediocres, para a estes entregar a sorte dos seus films. Desde já prevemos uma verdadeíra derrota e nunca a possíbílidade do engrandecimento da arte cinematografía em Portugal, conforme é justo pensar, e será o programa de todas as casas. PORTUGALIA-FILM Lda. eis o nome duma nova fabrica productora, que acaba de se estabelecer em Lisboa. Nela entrara pessoas que á cinematografía teem dado o melhor do seu esforgo, nao era produgao de films, mas no seu comercio. Nao sao, entretanto, desconhecedores do meio a que, baixo uma nova forma, se váo dedicar, garantindo assím a existencia duma nova marca, mas de largo futuro, o que representa uma nova fonte de propaganda para o paiz. O CINE-MUNDIAL que nada sabe e nada viu ainda desta nova empreza, apenas regísta o seu aparecimento, deservando a sua crítica para quando da exíbígao do seu primeiro film. Pelos nomes que essa sociedade aprésenla como fundadores, nao podemos deixar de Ihes augurar um largo futuro e só isso, porque a ímparcíalidade deste jornal nada mais permite. E fazemos esta aclaragao, para que se nao julgue que o CINEMUNDIAL tem procuragao de qualquer casa productora, para déla fazer elogios, nestas colunas. Seja-nos permitido, nao obstante, ouvir um dos seus directores sobre os planos da Fortugalia e registal-os, apenas como informagáo para os nossos leítores que, desejosos estarao, de saber o que é essa nova casa productora portuguesa, uma vez que Ihes damos a noticia da sua fundagao. Mas tal ficará para o próximo numero. NOVOS FILMS PORTUGUESES ACHAM-SE ja em preparagao, da marca Invicta do Porto "O primo Bazilio" extraído do celebre romance de Ega de Queiroz e "A Engeitada" de Camilo Gástelo Branco. "CALDEVILLArFILM" ACABA de se fundar, com sede no Porto, esta nova companhia productora de films portugueses, a que no próximo numero, julgamos poder já referirmo-nos extensamente. ULTIMAS estreías Central. "Comedía da Vida", "Alta finanga" interpretada por Francis Ford, "Quera bem tem e mal escolhe. . ." por Dorothy Phillips, "Díreito do araor" da Tiber por Maria Jacobini e Alberto CoUo, "A joia de Khama", por Auréle Sydney, "A pequeña rainha" por Thea, "As trez primaveras" por Lina Millefleurs, e "O Rei do Circo" da Universal por Eddie Pollo. Chiado Terrasse. "Tarzan", "Odiar por Amor" da Savoia-Film, e "As jolas da corda" da Vitagraph. Estas mesmas estreías passaram-se no Olympia. Condes. "Cora?ao de Mulher" por Norma Talmadge e "Quasí casados" da Goldwyn por Madge Kennedy. TEATROS S. Luiz. Depois estada porlongada no Brazil, regressou a Lisboa, a companhia de Armando de Vasconcelos. Junta agora ao núcleo que havia ficado a trabalhar era Portugal e come^ara ja a trabalhar naquele teatro, fica o seu elenco constituido aiem de muitos outros, por Alice Pancada, Auzenda d'Olíveíra, María Abranches, Crerailda d'OIiveira, Almeida Crus, Armando de Vasconcelos, Mathias d'AImeida, etc. Gynasio. Continua neste teatro a companhia superiormente dirigida por Lucinda Simoes. A proxíraa pe^a que levara a scena e "O Segredo" de Bernsteín e de que será protagonista Amelia Rey CoIa?o. Trindade. Baixo a dire^ao artística de Augusto Pina, continua dando os seus espetaculos a companhia Taveira. Politeama. "Titán, alma forte", e a pe^a agora em scena neste teatro nele entrando como principaes interpretes, Alves da Cunha, Aura Abranches e Ribeiro Lopes. Para breve, "O amigo de Peniche", comedía de Ernesto Rodrigues, Félix Berraudes e Joao Bastos. Avenida. Continua, com grande sucesso o "Joao Ratao", superiormente interpretado por Estevam Amarante, Luiza Satanela, José Víctor e Luiz Bravo. Breve, esta companhia partirá para o Brazil. Edén. Para muito breve, anuncío-se a revista "Negocio da China". Desaparece el nombre Art craf t como marca de fábrica A partir del 1° de septiembre la empresa Famous'PIayers-Lasky eliminará el nombre "Artcraft" de su programa de películas. La sección de publicidad del sindicato aludido ha venido gradualmente obscureciendo la marca citada con el fin, según ahora se comprueba, de acostumbrar al público a su eliminación definitiva. En lo sucesivo, las películas de la gran productora neoyorquina se e^xhíbírán en este país y en el exterior bajo la marca "Paramount Píctures", que era la marca original. La marca "Artcraft" tuvo origen hace aproxíraadamente cuatro años cuando se organizó con ese nombre una compañía, integrada por miembros de la Famous-PIayersLasky, para explotar cintas de Mary Pickford. Los nombres de las obras en el Cine y en el Teatro TRANQUILO y sosegado iba uno de nuestros redactores por la calle 43, cuando se dio de bruces con un agente de publicidad que, entre los del oficio, está considerado como hombre que en varias ocasiones ha sido cogido ínfragantí diciendo la verdad. — Oiga un momento! — gritó al verlo. — No se olvide de anunciar en CINE-MUNDIAL que hemos comprado los derechos sobre "Mujer: el enigma". Diga algo acerca del éxito que tuvo en las tablas. — ¿Qué norabre van a darle ustedes a la versión cíneraatográfica? — preguntó nuestro representante. — No sabemos todavía, pero eso es lo de menos. "La hembra intrigante" o "Fémína Rampante", o cualquier otro por el estilo. > PÁGINA 653